Contenção de Pacientes

01/10/2011 15:14

Localidade: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Data: 12/05/2009
Período: das 11:00 às 12:00
Coordenador do Evento: Prof. Dr. Eduardo Sadao Yonamine
Palestrante(s): Dra. Maria Lucia de Souza Costa - Professora Adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
 

1) A Prof.ª Dra. Maria Lucia de Souza Costa iniciou a videoconferência dizendo que a “Contenção de Pacientes” ou Restrição de Movimentos sempre foi utilizada como uma medida de segurança do cliente e das pessoas envolvidas no tratamento. A literatura em Enfermagem, tradicionalmente, apresenta as técnicas de restrição e os cuidados de Enfermagem, mas, as questões relativas aos direitos dos pacientes apenas, recentemente, têm sido discutidas, sendo que o direito deste não tem sido muito bem tratado;

2) Contenção de Pacientes: Dra. Maria Lucia comentou que as técnicas são de domínio de Enfermagem e os cuidados técnicos também, porém, com relação aos aspectos éticos, só agora é que estão sendo acompanhados. Complementou lembrando que a contenção pode ser necessária quando o paciente estiver confuso ou agressivo, visando a segurança e a preservação da integridade física, tanto do paciente quanto da equipe que o assiste. Contenção Mecânica: Consiste na utilização de equipamentos, tais como faixas para MMSS ou MMII, e faixas específicas para tórax, que serão presas na estrutura da cama. Contenção Admitida: Ocorre na posição deitada em decúbito dorsal ou supina com quatro ou cinco pontos de apoio. Pode-se também prescrever a contenção dos braços durante uma perfusão endovenosa;

3) Dra. Maria Lucia ressaltou que todo paciente em contenção deve ser monitorado clinicamente em todos os aspectos. Este paciente precisa de acompanhamento de Enfermagem em tempo integral. Os principais riscos são relativos à imobilidade; ao atrito provocado pelos equipamentos utilizados, tais como faixas para contenção; complicações respiratórias ou exacerbação da agitação;

4) A decisão de conter um paciente deve ser tomada pela equipe multidisciplinar de plantão. A enfermeira somente prescreverá a contenção se houver protocolo técnico compartilhado, autorizando-a. O procedimento deve ser registrado no prontuário, descrevendo sempre a situação que levou a tal decisão, a equipe responsável, o tempo de início e de término e as condições em que o paciente se encontrava antes, durante e depois do período de contenção;

5) A contenção deve ser discutida e justificada com a família ou responsáveis pelo paciente e deverá ser utilizada pelo método menos restritivo e pelo menor tempo possível. Dra. Maria Lucia ainda demonstrou alguns materiais que são utilizados na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, como faixas de linha, que são confeccionadas no Hospital Don Pedro II. Ressaltou também que, com estas faixas, é possível fazer uma contenção segura no tórax, além de serem usadas nos punhos e tornozelos, entre outros locais. Em seguida, a sessão foi aberta para discussão entre as entidades;
 

 

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Contato

Marcelo Marinho mmdelfino@ibest.com.br
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